Bad Girls go to Amsterdam

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Paris.... e uma brisa de ar fresco!!!





Com Amesterdão a cair num ambiente taciturno, melancólico, e desesperadamente à procura de um raio de luz... nada melhor do que mudar de ares.

De todas as cidade europeiras, Paris nunca foi a minha primeira opção de visita. A ideia de cidade dos amantes, extremamente turistica, e da arrogancia ou mesmo incapacidade francesa para não falar outra lingua que não seja francês, fazia com que o entusiasmo pela visita não fosse assim tão grande. Tudo isto é verdade... e no entanto, tudo isto adorei!!!!

Cheguei e já o sol tinha passado pelo seu 2º sono e como qualquer cidade da magnitude das capitais Europeias o primeiro impacto é sempre assustador. Os rostos cansados, cabisbaixos e ansiosos pelo descanso merecido, desconfiam de qualquer estrangeiro extesiado pela aventura e o mau humor da falta de sono corta qualquer tipo de conversa ou até mesmo dá a entender que na tentativa de uma aproximação poderá acontecer algo de catastrófico!!! Mas também, comecei a mostrar o meu ar de cansada (6h de viagem não é fácil!!!) e mesmo o entusiasmo da viagem e do reencontro não conseguiram lutar contra o meu cansaço... chegar à casa das bonecas, como chama o meu afilhado à casa da sua avó, foi o alivio.

Comecei por visitar o Sacré Coeur, o segundo ponto mais alto de Paris. Acompanhada pela melodia de uma harpa, pela paisagem magnifica de uma cidade gigante e pela melhor companhia possivel - a minha mana, comecei a apaixonar-me por Paris. Encontramos uma feirinha de pinturas e perdemo-nos pelas ruas, para de repente reparar-mos que tinhamos o Moulin Rouge à nossa frente!!!

A paragem seguinte seria a torre Eiffel, mas não foi desta vez que decidimos ir ao topo... afinal não estávamos com tempo para estar na fila 4h. Preferimos algo mais relaxante... um passeio de barco!!! Mas antes disso, ainda tivemos tempo de ver a escola militar e o Hotel des Invalides. Nada como ouvir um pouquinho da história de Napoleão.

O jantar diria que foi uma experiência engraçada. A Ticha pela 1ª vez iria experimentar a gastronomia Tailandesa, mas ao que parece não convenceu!!! Nada como a comidinha portuguesa. eheheh

No segundo dia decidi aventurar-me e tentar ir para as filas do Louvre... algo ultrapassado com muita facilidade. Nem 5 minutos esperei!!! Pelo tamanho extretamente longo das galerias, decidi fazer uma selecção das galerias que gostaria ver, obviamente que o quadro da Mona Lisa tinha que estar na minha lista!!! Ver os quadros na realidade, ao ponto de cheirar as tintas, ver as esculturas e puder tocar em nada se compara com uma imagem dos nossos livros. Quadros de uma beleza inacreditável fazem parar multidões e com a multidão ouvi as opiniões, as histórias, os contos...

A tentativa de corrida para a Notre Dame foi completamente destruida quando deparamos com as feirinhas de rua, cheias de quadros, fotos, livros, CDs... enfim, todos aqueles artefactos que chamam a atenção de qualquer turista. Foi com muito esforço que conseguimos chegar à Catedral aterradoramente encantadora!!! Ao som da música clássica de António Correa e Handel para orgão liturgico, decidimos fazer uma paragem e aproveitar aquele momento mistico. Pareciamos personagens do conto do Corcunda de Notre Dame... e estávamos a adorar!!!

A noite foi uma verdadeira saga para encontrar o Buda Bar. Começamos no Arco do Triunfo e acabamos no Concorde. Para finalmente, descobrirmos um ambiente completamente fora do contexto parisiense... provavelmente por este facto, este bar é um dos sitios mais atraente para se passar uma noite.

O último dia. Não queria acreditar. Não podia ser. Como aproveitar as poucas horas antes de ir para Amesterdão?

No maior ponto turistico e mais alto de Paris: a Torre Eiffel. A cada piso uma vertigem, a inclinação começa a aumentar, as vertigens parecem querer meter medo e o vento com uma força de levantar qualquer ser humano fez com que esta fosse a verdadeira aventura do fim de semana. Mas compensada pela imagem surpreendente de uma cidade cheia de histórias, cheia de tradições, que a cada esquina depara-se com uma vida atarefada, uma estória de amor, para no final fazer-nos querer voltar...